A dimensão dos dentes da arcada superior deve ser maior do que a dimensão dos dentes da arcada inferior, para permitir que os dentes se encaixem perfeitamente, em oclusão normal. Porém, em algumas pessoas, observa-se uma forma de aspecto triangular na arcada superior, caracterizando uma atresia maxilar. Ou seja, um estreitamento do céu da boca que pode vir acompanhado pelo quadro clínico reconhecido como mordida cruzada. É para corrigir essa mordedura errada que usamos os expansores maxilares, que são também chamados de disjuntores.
Esta má-oclusão deve ser tratada o mais precocemente e raramente se autocorrige. Sua correção levará a um melhor relacionamento entre as arcadas. A mordida cruzada e o estreitamento do céu da boca podem ser causados por diversos fatores entre os quais podemos destacar: problemas respiratórios, hábito de chupar o dedo, a perda precoce ou a retenção prolongada de dentes de leite e, também, pode ocorrer em pessoas que apresentam fissuras palatinas - lábios leporinos.
A época ideal para fazer a correção desse problema bucal situa-se na faixa dos 10 aos 15 anos, pois nesta fase, além de uma efetiva expansão, ocorre um mínimo de desconforto ao paciente, queixando-se às vezes apenas de uma pressão no assoalho nasal; que normalmente cessa dois a três dias após as primeiras ativações. Já, nos pacientes adultos acima dos vinte anos de idade, observa-se certo desconforto e até mesmo alguma dor. Alguns estudos já demonstraram o sucesso da expansão palatina em paciente adultos, indicando, assim, que há a possibilidade de realizar esse tratamento em alguns pacientes numa faixa etária mais avançada. Lembrando que a resistência dos ossos aumenta com a idade, limitando os efeitos do tratamento.

Ressalta-se que não há dados clínicos e radiográficos fidedignos que possam determinar previamente o sucesso ou insucesso da expansão antes de se tentá-la. Quando não se obtém resultados clínicos positivos com a expansão, indica-se a expansão cirúrgica.
O sinal mais visível do sucesso do tratamento é a abertura gradativa de um espaço entre os dentes da frente na arcada superior. Esse espaço, que tem o nome de diastema, vai fechando sozinho, quando para de ativar o aparelho expansor.
Existem diversos tipos de aparelhos que podem ser usados para realizar a expansão do céu da boca, entre eles podemos destacar:
1 – Aparelho Expansor tipo Haas;
2 – Aparelho tipo Hirax;
3 – Aparelho de Expansão Rápida de Adesão Direta ou de McNamara.
A ativação dos aparelhos de expansão rápida tem início, preferencialmente, 24h após a instalação do aparelho para que o paciente se adapte às funções de mastigação e fala. O padrão de ativação, geralmente, começa-se com uma volta completa e nos dias subsequentes ativa-se com uma volta completa dividida em 2/4 pela manhã e 2/4 à noite, com intervalos de 12h entre as ativações. A fase de ativação estende-se por uma a duas semanas, conforme o grau de atresia maxilar.
A dor pode estar presente, mas geralmente se apresenta de forma fugaz e suportável. Inicialmente ela aponta para os dentes onde o aparelho está fixado. À medida que as ativações se procedem, essa dor caminha principalmente para os ossos do nariz. A sintomatologia dolorosa atinge seu auge após cada ativação, diminuindo sensivelmente minutos após.
Após a fase ativa, o próprio aparelho é travado e devendo permanecer na cavidade bucal por três a cinco meses para se processar a reorganização dos ossos que compõem o complexo das estruturas da face do paciente.
Fonte: http://www.dentalartepoa.com.br/blog/o-que-e-o-expansor-palatino#.UUruFq8e7-k.email